sábado, 3 de julho de 2010
Frase Para Pára-choque
Orgulho bombástico acaba por explodir em si mesmo. São os teus estilhaços que atingem os outros.
segunda-feira, 28 de junho de 2010
Hospital
- Douto, ta chegando a paciente e o paramédico!
- Encontrada desacordada na encruzilhada da rua Amor com avenida Ilusão. Sinais vitais normais, apresenta arritmia cardíaca, pressão alta, estresse físico e aparentemente mental. Esses são os pertences encontrados junto a ela: garrafa de Fanta Uva sem gás e quente, mochilinha dos Ursinhos Gummi e uma folha repleta de escritos "eu te odeio". Certo, agora é com vocês. Que hoje o dia está repleto de atendimento!
- Doutor, olha o estado da moça que chegou. Um olha pra cima outro entre aberto. Babando.
- Por que os pés estão para fora da maca?
- Doutor, essa é uma maca infantil, conforme o prontuário, é uma guria meio mulher e essa maca é para tal.
- Mas que... preciso de injeções de humor e ânimo!
- Douto, tamo em falta. Temo de adrenalina, morbidez, amor psicótico, neurose...
- Mas que porra de hospital é esse?
- Pergunte para ele ali.
- Ele quem?
- Ele ali no canto doutor, só observando.
- Quem és tu?
- Prazer doutor, sou gerente do hospital. Mas para ti, pode chamar-me de o Escrevinhador.
- Oh opa!, como vai Sr. Escrevinhador? Como estás? A família estás bem? Estás bem apresentável nesse terno.
- Sabes, “Business”, hum.
- “Business Emotion” dizem... hahahaha!
- Ahahahah! Muito bem, doutor não se preocupe, tua função está garantida.
- Ah, muito obrigado. Está difícil para todos e sem função pra mim, minha família...
- Certo doutor, certo, sem mais, prossiga o roteiro.
- ...Achem algo enfermeiras. Logo!
- Tipo o que douto?
- Algo eu disse!
- Tem esse aqui. Um Fraseado.
- Ok, ok, apliquem!
- "Ela basta esticar os braços para das nuvens colher algodão doce".
- ...
- Não está funcionando. Mas que!
- Oh douto, ela vai melhora. Vai vê.
- Doutor, ela está esboçando reação. Acho que vai dizer algo!
- Torrada gostosa!
- Ah amor, voltasse! Linda não faça isso comigo!
- Douto, tu e moça se conhece?
- Bom, deixe-nos às sós que agora é nossa hora. Escrevinhador, favor faça as honras!
- Fim!
- Encontrada desacordada na encruzilhada da rua Amor com avenida Ilusão. Sinais vitais normais, apresenta arritmia cardíaca, pressão alta, estresse físico e aparentemente mental. Esses são os pertences encontrados junto a ela: garrafa de Fanta Uva sem gás e quente, mochilinha dos Ursinhos Gummi e uma folha repleta de escritos "eu te odeio". Certo, agora é com vocês. Que hoje o dia está repleto de atendimento!
- Doutor, olha o estado da moça que chegou. Um olha pra cima outro entre aberto. Babando.
- Por que os pés estão para fora da maca?
- Doutor, essa é uma maca infantil, conforme o prontuário, é uma guria meio mulher e essa maca é para tal.
- Mas que... preciso de injeções de humor e ânimo!
- Douto, tamo em falta. Temo de adrenalina, morbidez, amor psicótico, neurose...
- Mas que porra de hospital é esse?
- Pergunte para ele ali.
- Ele quem?
- Ele ali no canto doutor, só observando.
- Quem és tu?
- Prazer doutor, sou gerente do hospital. Mas para ti, pode chamar-me de o Escrevinhador.
- Oh opa!, como vai Sr. Escrevinhador? Como estás? A família estás bem? Estás bem apresentável nesse terno.
- Sabes, “Business”, hum.
- “Business Emotion” dizem... hahahaha!
- Ahahahah! Muito bem, doutor não se preocupe, tua função está garantida.
- Ah, muito obrigado. Está difícil para todos e sem função pra mim, minha família...
- Certo doutor, certo, sem mais, prossiga o roteiro.
- ...Achem algo enfermeiras. Logo!
- Tipo o que douto?
- Algo eu disse!
- Tem esse aqui. Um Fraseado.
- Ok, ok, apliquem!
- "Ela basta esticar os braços para das nuvens colher algodão doce".
- ...
- Não está funcionando. Mas que!
- Oh douto, ela vai melhora. Vai vê.
- Doutor, ela está esboçando reação. Acho que vai dizer algo!
- Torrada gostosa!
- Ah amor, voltasse! Linda não faça isso comigo!
- Douto, tu e moça se conhece?
- Bom, deixe-nos às sós que agora é nossa hora. Escrevinhador, favor faça as honras!
- Fim!
domingo, 27 de junho de 2010
Não Tarda
noite chega
não se repita o dia
já está tarde
a tarde do dia inteira passa
inconformada
me tirou a leveza
da nova manhã conquistada
não se repita o dia
já está tarde
a tarde do dia inteira passa
inconformada
me tirou a leveza
da nova manhã conquistada
sábado, 26 de junho de 2010
Clube
Dias desses, em umas das subidas rotineiras noturnas à montanha,
me deparei com uma casa de madeira meio casebre, no cume, perfazendo um castelo. Havia muito nevoeiro ao redor. Decido seguir a trilha sinuosa que levara até a entrada. Pelo caminho latiam vira-latas sarnentos, do meio mato javalis selvagens batiam os dentes e grunhiam, vacas com aftosa batendo sinos cruzavam o caminho...
Chegando na entrada, dava para ler na porta marcas de letreiros que já ali não estavam: "Clube dos Que Vagam, Ano III". Adentrando no recinto, uma voz de um senhor ao fundo, sentado ao chão com as pernas cruzadas, usando vestimentas longas, desgastadas e em uma espécie de rito, talvez para si mesmo, não visualizei ninguém ao redor. Anunciava em voz alta com algumas alternações de entonações, com momentos de desabafo:
"Muitos imaginam viver a intensidade de um sonho.
A maioria apenas dormirá sonhando.
Tantos terão medo do que pode vir, sem ao menos tentar.
Afinal, quem lhes impede se não vocês mesmos?
Mas para ti, já lhe adianto. Se conseguir chegar,
alguns momentos acharas que estás em pesadelo,
pois não encontrarás ninguém ao redor.
Do que adianta viver sonhando, enquanto todos dormem sonhando.
Portanto, pare de me seguir. Minha solidão agradece."
Nesse momento o senhor se ergue, abre os braços e olha para cima, durante os vinte minutos que permaneci ali. Decido me retirar sem ser notado. Sai pela mesma porta, no que agora eu leio: "Clube dos Que Sonham, Ano I".
me deparei com uma casa de madeira meio casebre, no cume, perfazendo um castelo. Havia muito nevoeiro ao redor. Decido seguir a trilha sinuosa que levara até a entrada. Pelo caminho latiam vira-latas sarnentos, do meio mato javalis selvagens batiam os dentes e grunhiam, vacas com aftosa batendo sinos cruzavam o caminho...
Chegando na entrada, dava para ler na porta marcas de letreiros que já ali não estavam: "Clube dos Que Vagam, Ano III". Adentrando no recinto, uma voz de um senhor ao fundo, sentado ao chão com as pernas cruzadas, usando vestimentas longas, desgastadas e em uma espécie de rito, talvez para si mesmo, não visualizei ninguém ao redor. Anunciava em voz alta com algumas alternações de entonações, com momentos de desabafo:
"Muitos imaginam viver a intensidade de um sonho.
A maioria apenas dormirá sonhando.
Tantos terão medo do que pode vir, sem ao menos tentar.
Afinal, quem lhes impede se não vocês mesmos?
Mas para ti, já lhe adianto. Se conseguir chegar,
alguns momentos acharas que estás em pesadelo,
pois não encontrarás ninguém ao redor.
Do que adianta viver sonhando, enquanto todos dormem sonhando.
Portanto, pare de me seguir. Minha solidão agradece."
Nesse momento o senhor se ergue, abre os braços e olha para cima, durante os vinte minutos que permaneci ali. Decido me retirar sem ser notado. Sai pela mesma porta, no que agora eu leio: "Clube dos Que Sonham, Ano I".
quarta-feira, 23 de junho de 2010
É Assim Ó
Após ouvir algumas do seu contador de causos, ela sempre na primeira oportunidade demonstrava ao vivo, sempre anunciando "é assim ó", com tom desafiador. O que depois virá, nunca se sabe. Mas o certo é que nunca sobra nada do outro lado. Então, certa feita, depois de uma "apresentação" e cheia de lama, ela retorna até contador e evidentemente o sujeito já com os olhos arregalados:
- Prometa que nunca "é assim ó" comigo?
- Prometo.
- Foi esse que me acordou as 11:00 da manhã em plena quarta-feira!?
- Foi.
- E o que era?
- Foi um Urubu-rei.
- Urubu-rei, hmm... e esse trabalho de identificação e tratamento dos bichos do Safari não te cansa?
- Não, a cada dia aparece cada bicho. Nunca são iguais. E tu estás bem de caseiro, não tens do que reclamar.
- Sim, admito. Des que mantenham as minhas vacas leiterias ali no jardim, para mim ta ótimo. Não abro as mãos das ordenhas matinais.
- Hmm ta, agora é assim ó: vamos que quero demonstrar o quanto te sinto. Toda a extensão do teu amor...
- !!!...
- Prometa que nunca "é assim ó" comigo?
- Prometo.
- Foi esse que me acordou as 11:00 da manhã em plena quarta-feira!?
- Foi.
- E o que era?
- Foi um Urubu-rei.
- Urubu-rei, hmm... e esse trabalho de identificação e tratamento dos bichos do Safari não te cansa?
- Não, a cada dia aparece cada bicho. Nunca são iguais. E tu estás bem de caseiro, não tens do que reclamar.
- Sim, admito. Des que mantenham as minhas vacas leiterias ali no jardim, para mim ta ótimo. Não abro as mãos das ordenhas matinais.
- Hmm ta, agora é assim ó: vamos que quero demonstrar o quanto te sinto. Toda a extensão do teu amor...
- !!!...
terça-feira, 22 de junho de 2010
Mosh Punk
é dito que um punk
achou que o mais divertido dos banguear
a atitude mais punk que poderia realizar
era se infiltrar no meio de vocês
e assim foi...
dizem, sobrevive feliz até hoje
bangueando no meio da sociedade
entre cotoveladas educacionais
pontapés comerciais
porres de mídia
até cusparadas governamentais
enfim, a paz e o divertimento desejados
achou que o mais divertido dos banguear
a atitude mais punk que poderia realizar
era se infiltrar no meio de vocês
e assim foi...
dizem, sobrevive feliz até hoje
bangueando no meio da sociedade
entre cotoveladas educacionais
pontapés comerciais
porres de mídia
até cusparadas governamentais
enfim, a paz e o divertimento desejados
domingo, 20 de junho de 2010
sábado, 19 de junho de 2010
quinta-feira, 17 de junho de 2010
sexta-feira, 11 de junho de 2010
WC Hours
que olhares são esses?
que lábios foram aqueles?
buscas, afinal
em círculos
morde as minhas iscas
e eu piso nas tuas minas
pelas frestas da janela
desse lar que é sua vida
hermética
não passo e não vejo por onde
ao menos uma porta há
tão oportuno quanto o momento
23:45 11/06/10
que lábios foram aqueles?
buscas, afinal
em círculos
morde as minhas iscas
e eu piso nas tuas minas
pelas frestas da janela
desse lar que é sua vida
hermética
não passo e não vejo por onde
ao menos uma porta há
tão oportuno quanto o momento
23:45 11/06/10
quarta-feira, 9 de junho de 2010
Vida, Capim Ornamental
dessa vez deveriam trazer flores
mas dou minha vida
vivências ruins
como os espinhos das rosas
e o que há de melhor
as pétalas
crescendo aqui fechado e sufocado
não se sabe até quando a rosa da vida viverá
murchando-a até o sentido se desfazer
custo a acreditar e pago por isso
22:19 09/06/2010
mas dou minha vida
vivências ruins
como os espinhos das rosas
e o que há de melhor
as pétalas
crescendo aqui fechado e sufocado
não se sabe até quando a rosa da vida viverá
murchando-a até o sentido se desfazer
custo a acreditar e pago por isso
22:19 09/06/2010
sábado, 5 de junho de 2010
flores que brotam de um jardim pessoal
há tantos
até onde a sensibilidade alcança
a de ti se destaca
colho e te ofereço
regadas por mãos divinas
em cada gota das lágrimas
não as guardo para mim
Senhor, pergunto-me como podem brotarem de pedras
estas mesmas que me atingiram pelo caminho
20:50 05/06/10
há tantos
até onde a sensibilidade alcança
a de ti se destaca
colho e te ofereço
regadas por mãos divinas
em cada gota das lágrimas
não as guardo para mim
Senhor, pergunto-me como podem brotarem de pedras
estas mesmas que me atingiram pelo caminho
20:50 05/06/10
quinta-feira, 3 de junho de 2010
segunda-feira, 31 de maio de 2010
sábado, 29 de maio de 2010
Odisseu Revival
o que querer mais
quando o desejo de estar
enfrenta ventos lastimais
revés do mar de duvidar
o que aparece me agarro
para ter o que guiar
pode ser esparro
me adianta despistar
para sacias de desejos
o caminho mais curto
de esperar estes grasejos
que estão em ti, não és em ti
tão simples e obvio
se transforma em injúria
ironias do acaso compulsório
preferem despertarem a fúria
o que conto
o quão real é
passou do ponto
saiu da minha ossada
quando o desejo de estar
enfrenta ventos lastimais
revés do mar de duvidar
o que aparece me agarro
para ter o que guiar
pode ser esparro
me adianta despistar
para sacias de desejos
o caminho mais curto
de esperar estes grasejos
que estão em ti, não és em ti
tão simples e obvio
se transforma em injúria
ironias do acaso compulsório
preferem despertarem a fúria
o que conto
o quão real é
passou do ponto
saiu da minha ossada
quinta-feira, 27 de maio de 2010
O Jukebox Para Alguns Versos Belos
(matéria bruta)
passamos meses em atração
nossas batidas em compassos
sem ao menos em nossa razão
almas e desejos
desejou
seu sonho
manejou
apenas segui
retirou das trevas
levitou por terras tranqüilas
me deixaste as grevas
onde estou?
oh mundo da lua
brilhos noturnos iluminam as árvores
as sombras formam os versos
oh lua de folclores
pude te ver dançar
a luz do luar
só há sorriar
a me guiar
entre as palavras
só te posso ter aqui
entre as letras
aqui posso te sentir e te ver
observo as coisas ao meu redor
com uma riqueza de detalhes
tudo relembra você, ardor
tudo agora faz sentido
honrado ao perceber
as minhas palavras
são só para você receber
usas para desejar outro alguém
portanto sou um Jukebox?
alma virtual, apenas uma máquina?
portanto vou ser um Jukebox!
O Jukebox Para Alguns Versos Belos
fingirei ser outra máquina qualquer
se outro alguém se aproximar
um Fliperama? Um Combater?
ou então um Caça-níquel?
quando o tempo acabar e você partir
só não se esqueça após os últimas palavras
DE ME TIRAR DA TOMADA!
abrace-me em minha lataria enferrujada
procure meus olhos
beije-me na tela de vidro, petrificada
agora me tira daqui!
deixe-me
deixe-me em um ponto que possa ver o brilho
em um ponto que possa ao menos te ver
26/05/2004
passamos meses em atração
nossas batidas em compassos
sem ao menos em nossa razão
almas e desejos
desejou
seu sonho
manejou
apenas segui
retirou das trevas
levitou por terras tranqüilas
me deixaste as grevas
onde estou?
oh mundo da lua
brilhos noturnos iluminam as árvores
as sombras formam os versos
oh lua de folclores
pude te ver dançar
a luz do luar
só há sorriar
a me guiar
entre as palavras
só te posso ter aqui
entre as letras
aqui posso te sentir e te ver
observo as coisas ao meu redor
com uma riqueza de detalhes
tudo relembra você, ardor
tudo agora faz sentido
honrado ao perceber
as minhas palavras
são só para você receber
usas para desejar outro alguém
portanto sou um Jukebox?
alma virtual, apenas uma máquina?
portanto vou ser um Jukebox!
O Jukebox Para Alguns Versos Belos
fingirei ser outra máquina qualquer
se outro alguém se aproximar
um Fliperama? Um Combater?
ou então um Caça-níquel?
quando o tempo acabar e você partir
só não se esqueça após os últimas palavras
DE ME TIRAR DA TOMADA!
abrace-me em minha lataria enferrujada
procure meus olhos
beije-me na tela de vidro, petrificada
agora me tira daqui!
deixe-me
deixe-me em um ponto que possa ver o brilho
em um ponto que possa ao menos te ver
26/05/2004
quarta-feira, 26 de maio de 2010
Que Te Carregue
Adoraria dar o cavalo para a saudade. Ela se afobaria ainda mais... E quando estiver distante, onde ninguém jamais esteve, te abraçaria ao chão... O cavalo continuaria a disparada ao próximo rumo. A saudade, essa agonizaria por toda a sua eternidade.
1999
1999
domingo, 23 de maio de 2010
Falácias do Desconhecido
deixo encravado
protegido do mal entendido
rumores reivindicam
o último tiroteio
23:35 23/05
protegido do mal entendido
rumores reivindicam
o último tiroteio
23:35 23/05
sábado, 22 de maio de 2010
quinta-feira, 20 de maio de 2010
Necrofilia
e com dedo na ferida
ainda aberta escorre
finja que nada ocorre, Babel
que concorre ao IgNobel
21:00 20/05/2010
ainda aberta escorre
finja que nada ocorre, Babel
que concorre ao IgNobel
21:00 20/05/2010
quarta-feira, 19 de maio de 2010
Canídeos
encontros e abraços
como apertando laços
nos unindo num só
que se formou o nó
dá dó
ali nós
um de costas para o outro
22:51 19/05/10
como apertando laços
nos unindo num só
que se formou o nó
dá dó
ali nós
um de costas para o outro
22:51 19/05/10
segunda-feira, 17 de maio de 2010
Alugando
explora por inteiro
gasta de sobrar os trocados
oh, sonhos alocados
deverias ressarcir
deve dias
de sacias consistir
23:42 17/05/10
gasta de sobrar os trocados
oh, sonhos alocados
deverias ressarcir
deve dias
de sacias consistir
23:42 17/05/10
domingo, 16 de maio de 2010
Nada-dor
nada, vê
agora vive
nadou e passou
agora atracou
aos textos, contextos, pretextos
miragens subjetivas
críveis cruéis
volto logo!
22:37 16/05/10
agora vive
nadou e passou
agora atracou
aos textos, contextos, pretextos
miragens subjetivas
críveis cruéis
volto logo!
22:37 16/05/10
sábado, 15 de maio de 2010
sexta-feira, 14 de maio de 2010
Regressiva
as paredes e o tempo
ausências e existência
delineia dores
nos caminhos insistentes
lembrar daquela essência
estes sobrescreve
de ti existencial
se faz atemporal
22:55 14/05/10
ausências e existência
delineia dores
nos caminhos insistentes
lembrar daquela essência
estes sobrescreve
de ti existencial
se faz atemporal
22:55 14/05/10
quinta-feira, 13 de maio de 2010
Entre Linhas de Frente
perguntam se és em vão
sim, acho em vão
nos espaços das linhas
que vão saber
23:05 13/05/10
sim, acho em vão
nos espaços das linhas
que vão saber
23:05 13/05/10
quarta-feira, 12 de maio de 2010
Ao Espelho com Dedo em Riste
refletes a realidade
não sabes além
intérpretes da parcialidade
não cabes aquém
olhando nos olhos
te diz alguém
que te entende
as emendas
falhas ao não ver
falta ter
falta ser
a falta que faz
pára tudo
tudo para ti
de mim que só nós sabemos
18:47 12/05/10
não sabes além
intérpretes da parcialidade
não cabes aquém
olhando nos olhos
te diz alguém
que te entende
as emendas
falhas ao não ver
falta ter
falta ser
a falta que faz
pára tudo
tudo para ti
de mim que só nós sabemos
18:47 12/05/10
terça-feira, 11 de maio de 2010
segunda-feira, 10 de maio de 2010
Sete Palmos
é quando não for
as forças se forem
e motivo se desfaz
que se faz o monte da vida
23:55 10/05/10
as forças se forem
e motivo se desfaz
que se faz o monte da vida
23:55 10/05/10
domingo, 9 de maio de 2010
Progenitora
da a luz
iluminando lares
vidas, trajetórias
vitórias
o errante em blecaute
busca a geradora
anseia os seios
que o abastece
14:20 09/05/10
iluminando lares
vidas, trajetórias
vitórias
o errante em blecaute
busca a geradora
anseia os seios
que o abastece
14:20 09/05/10
sábado, 8 de maio de 2010
Quadras
educado nos sonhos
à procura de novidade
esquina Verdadeiro
com a Ingenuidade
trabalhando para companhia
à procura de sustento
esquina Bitolado
com a Comodidade
abrindo um negócio
à procura de independência
esquina Arrogância
com a Prepotência
mendigando nos sentimentos
à procura de mantimentos
esquina Ilusão
com a Esperança
13:40 08/05/10
à procura de novidade
esquina Verdadeiro
com a Ingenuidade
trabalhando para companhia
à procura de sustento
esquina Bitolado
com a Comodidade
abrindo um negócio
à procura de independência
esquina Arrogância
com a Prepotência
mendigando nos sentimentos
à procura de mantimentos
esquina Ilusão
com a Esperança
13:40 08/05/10
sexta-feira, 7 de maio de 2010
Encoberto
descobrindo o que há por cima
descobri por baixo
um tanto de pranto
enxugado nas palavras
19:55 07/05/10
descobri por baixo
um tanto de pranto
enxugado nas palavras
19:55 07/05/10
quinta-feira, 6 de maio de 2010
Cicatriz
ponto de partida
não vejo partida
jogo algum
ser bom partido
sim parto
em pedaços
estar presente
presentear
a ausência
estar ralando
ralo
do esgoto
do que precisa?
preciso
ser preciso
14:42 06/05/10
não vejo partida
jogo algum
ser bom partido
sim parto
em pedaços
estar presente
presentear
a ausência
estar ralando
ralo
do esgoto
do que precisa?
preciso
ser preciso
14:42 06/05/10
quarta-feira, 5 de maio de 2010
terça-feira, 4 de maio de 2010
Falo de Excalibur
sarandeia
rondeia
atormenta
tenta
assenta
anca
alavanca
aquenta
arranca
balança
lança
aliança
avança
04/05/10 16:20
rondeia
atormenta
tenta
assenta
anca
alavanca
aquenta
arranca
balança
lança
aliança
avança
04/05/10 16:20
segunda-feira, 3 de maio de 2010
sexta-feira, 30 de abril de 2010
Vegetativos
quem te plantou aqui?
sob esse terreno parasitário
e mesmo assim cresceste
sob um toque
em uma das pétalas
pude ver cambalear
reaproximá-las
para mim acariciá-las
plantado
não tendo como agir
eu a aguardo
19:20 30/04/10
sob esse terreno parasitário
e mesmo assim cresceste
sob um toque
em uma das pétalas
pude ver cambalear
reaproximá-las
para mim acariciá-las
plantado
não tendo como agir
eu a aguardo
19:20 30/04/10
quinta-feira, 29 de abril de 2010
Passo a Passo
seguir os passos
estrada longa
porém o que me passas
é muito maior e não passou
como retribuir o que passas
dentro de mim
afinal, o que se passas?
22:55 29/04/10
estrada longa
porém o que me passas
é muito maior e não passou
como retribuir o que passas
dentro de mim
afinal, o que se passas?
22:55 29/04/10
terça-feira, 27 de abril de 2010
Dizeres
como nada chega ao fim
o mundo gira
e gira também um coração
está na geração
o caminho continua sendo percorrido
descobrindo o que há de mais valioso
entre as letras, versos, pensamentos
o caminho nos leva a algum lugar seguro
pra onde se aponta
é onde sentimento se recarrega
a esperança afronta
o destino com tino
a imensidão em fim
não há respostas
do que apenas se sente e vê
então sente e respire até o fim
20:09 27-04-10
o mundo gira
e gira também um coração
está na geração
o caminho continua sendo percorrido
descobrindo o que há de mais valioso
entre as letras, versos, pensamentos
o caminho nos leva a algum lugar seguro
pra onde se aponta
é onde sentimento se recarrega
a esperança afronta
o destino com tino
a imensidão em fim
não há respostas
do que apenas se sente e vê
então sente e respire até o fim
20:09 27-04-10
segunda-feira, 26 de abril de 2010
Sapo
ainda vais ver sorrir
para te nutrir
ainda vais te rir
para me suprir
não somente em minha mente
que novamente me mente
com seu rosto em minha frente
tudo em minha vida começa tarde
mas ainda há algo por fazer
não me acostumo com alarde
de estar sem prazer
semente germina
esse mapa da mina
não é assim que termina
22:16 26/04/10
para te nutrir
ainda vais te rir
para me suprir
não somente em minha mente
que novamente me mente
com seu rosto em minha frente
tudo em minha vida começa tarde
mas ainda há algo por fazer
não me acostumo com alarde
de estar sem prazer
semente germina
esse mapa da mina
não é assim que termina
22:16 26/04/10
domingo, 25 de abril de 2010
Circo
algo acontece
com suas mãos quentes
peças se encaixam
como um filme em seqüência
mas que eloqüência
há os que roubam destinos
rangem dentes desatinos
adentrando no circulo
adestrando o vinculo
esperando ver acontecer
22:10 25/04/10
com suas mãos quentes
peças se encaixam
como um filme em seqüência
mas que eloqüência
há os que roubam destinos
rangem dentes desatinos
adentrando no circulo
adestrando o vinculo
esperando ver acontecer
22:10 25/04/10
sábado, 24 de abril de 2010
Burocracias
o que tens nada me vale
essa gente estranha
que me entranha
o que tenho que te vale?
és o que há dentro de ti
por um sorriso qualquer
és o que procuro em ti
por um motivo qualquer
um encontro especial
tendo que ter credencial
sendo credencial de sentimental
um chute porta a fora monumental
vês a vida me ensinou
oh credencial inútil
vês como terminou
oh potencial fútil
12:35 24/04/10
essa gente estranha
que me entranha
o que tenho que te vale?
és o que há dentro de ti
por um sorriso qualquer
és o que procuro em ti
por um motivo qualquer
um encontro especial
tendo que ter credencial
sendo credencial de sentimental
um chute porta a fora monumental
vês a vida me ensinou
oh credencial inútil
vês como terminou
oh potencial fútil
12:35 24/04/10
sexta-feira, 23 de abril de 2010
Em Três
independente de ninguém
ninguém se faz presente
sorrateiramente há alguém ninguém
além de nós ausente
evidente reunião
de repente em uma opinião
estamos presenciando
um vidente pronunciando
algum lugar
subplano
algum plugar
só o plano
cada um para um lado
aumentando emoção
cada um mesclado
tentando aproximação
20:35 22/04/10
13:05 23/04/10
ninguém se faz presente
sorrateiramente há alguém ninguém
além de nós ausente
evidente reunião
de repente em uma opinião
estamos presenciando
um vidente pronunciando
algum lugar
subplano
algum plugar
só o plano
cada um para um lado
aumentando emoção
cada um mesclado
tentando aproximação
20:35 22/04/10
13:05 23/04/10
quinta-feira, 22 de abril de 2010
Eu Rio dos Atracadouros
calo-me
calo do pé
sola que assola
cola a ré
sigo calado
calado do rio
rio abalado
deste lado
achando
piscas dos faróis
rachando
iscas dos anzóis
lado destinado
fruto
nada refinado
bruto
22/04/10 3:23
calo do pé
sola que assola
cola a ré
sigo calado
calado do rio
rio abalado
deste lado
achando
piscas dos faróis
rachando
iscas dos anzóis
lado destinado
fruto
nada refinado
bruto
22/04/10 3:23
quarta-feira, 21 de abril de 2010
terça-feira, 20 de abril de 2010
as idéias aparecem e vão
se perdem no tempo em vão
mas você sempre em minha frente
folha branca
não tenho papel para ti
ignoro os escritos que me impõe
pois és eu que escrevo em ti
folha branca
tenho caneta para ti
e minha mão
não aceito que ficas em branco
folha branca
que me provocas
rabiscando algo
não importando o sentido
se rima ou se lima
pois és eu que te levo
nem mesmo o tempo que te relevo
cinco minutos
de mão, caneta e folha branca
20/04/10 11:40
se perdem no tempo em vão
mas você sempre em minha frente
folha branca
não tenho papel para ti
ignoro os escritos que me impõe
pois és eu que escrevo em ti
folha branca
tenho caneta para ti
e minha mão
não aceito que ficas em branco
folha branca
que me provocas
rabiscando algo
não importando o sentido
se rima ou se lima
pois és eu que te levo
nem mesmo o tempo que te relevo
cinco minutos
de mão, caneta e folha branca
20/04/10 11:40
domingo, 18 de abril de 2010
sexta-feira, 16 de abril de 2010
quinta-feira, 15 de abril de 2010
terça-feira, 13 de abril de 2010
domingo, 11 de abril de 2010
esse sentimento
que me salva
pendurado no pescoço
quando caio da cadeira
já não sentido meus pés no chão
somente um cordão
guiando por terrenos obscuros
árvores espelhadas
flores ácidas
lento e sem mudanças
ecoando as minhas crianças
diante meus olhos
por todos os lados
uma dívida sem dono
pegadas na linha do tempo
não estamos sós
um pato com dono
11/04/10 2:00
que me salva
pendurado no pescoço
quando caio da cadeira
já não sentido meus pés no chão
somente um cordão
guiando por terrenos obscuros
árvores espelhadas
flores ácidas
lento e sem mudanças
ecoando as minhas crianças
diante meus olhos
por todos os lados
uma dívida sem dono
pegadas na linha do tempo
não estamos sós
um pato com dono
11/04/10 2:00
sexta-feira, 9 de abril de 2010
Circular
recebendo a contestação
pedras no passado
em cima dos que interrompem
há furos
que passam luz
pela horizontal
eles querem quebrar
amarrar aos meus pés
arremessar da ponte
eles querem me levar
não há nada
mais o que fazer por aqui
à destino
linha de trem circular
o que vejo
não é o que sinto
09/04/2010 12:40
pedras no passado
em cima dos que interrompem
há furos
que passam luz
pela horizontal
eles querem quebrar
amarrar aos meus pés
arremessar da ponte
eles querem me levar
não há nada
mais o que fazer por aqui
à destino
linha de trem circular
o que vejo
não é o que sinto
09/04/2010 12:40