quinta-feira, 27 de maio de 2010

O Jukebox Para Alguns Versos Belos

(matéria bruta)

passamos meses em atração
nossas batidas em compassos
sem ao menos em nossa razão
almas e desejos

desejou
seu sonho
manejou
apenas segui

retirou das trevas
levitou por terras tranqüilas
me deixaste as grevas
onde estou?

oh mundo da lua
brilhos noturnos iluminam as árvores
as sombras formam os versos
oh lua de folclores

pude te ver dançar
a luz do luar
só há sorriar
a me guiar

entre as palavras
só te posso ter aqui
entre as letras
aqui posso te sentir e te ver

observo as coisas ao meu redor
com uma riqueza de detalhes
tudo relembra você, ardor
tudo agora faz sentido

honrado ao perceber
as minhas palavras
são só para você receber
usas para desejar outro alguém

portanto sou um Jukebox?
alma virtual, apenas uma máquina?
portanto vou ser um Jukebox!
O Jukebox Para Alguns Versos Belos

fingirei ser outra máquina qualquer
se outro alguém se aproximar
um Fliperama? Um Combater?
ou então um Caça-níquel?

quando o tempo acabar e você partir
só não se esqueça após os últimas palavras
DE ME TIRAR DA TOMADA!

abrace-me em minha lataria enferrujada
procure meus olhos
beije-me na tela de vidro, petrificada
agora me tira daqui!

deixe-me
deixe-me em um ponto que possa ver o brilho
em um ponto que possa ao menos te ver

26/05/2004

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